sexta-feira, 1 de março de 2013

Ascendentes de Eurico Fernandes Pinheiro Guimarães


Ascendentes de Eurico Fernandes Pinheiro Guimarães
Ao longo deste capítulo serão reveladas as várias gerações de antepassados de Eurico Fernandes Pinheiro Guimarães.





Descendência de Eurico Fernandes Pinheiro Guimarães.



Eurico Fernandes Pinheiro Guimarães nasceu entre 1909 e 1910, em Valmaior (Albergaria-a-Velha) e faleceu em 1979 no Porto. Com apenas 11 anos veio para a cidade do Porto, onde foi empregado bancário. Casou-se com Adília Guerra Lobo Guimarães, nascida em 1908-1909, na Rua São Roque da Lameira (Porto), onde também faleceu em 1978.
Fernando Lobo Guimarães nasceu a 12 de Março de 1929, em Campanhã, no Porto. Casou em 1959 com Gisela Rodrigues Azevedo Guimarães. Desta união resultou um filho, Rui Azevedo Cardoso Guimarães, que  nasceu a 11 de Março de 1961 em Lourenço Marques, Moçambique. 
Rui Azevedo Cardoso Guimarães casou com Maria de Fátima dos Santos, em Sanguedo (Santa Maria da Feira), e tiveram duas filhas a 26 de Março de 1985, Vanessa dos Santos Guimarães e Nathalie dos Santos Guimarães.



Fernando Lobo Guimarães e seus pais (Eurico Fernandes Guimarães e Adília Guerra Lobo Guimarães) no dia do seu baptismo.



Descendentes de Fernando Guimarães

Fernando Guimarães, pai de Eurico Fernandes Pinheiro Guimarães, nasceu a 25 de Maio de 1875, em São Sebastião (Guimarães). Aos 15 anos, devido à actividade laboral do seu pai, viajou com a sua família para Valmaior (Albergaria-a-Velha). Conheceu Bibelinda Pinheiro Guimarães, com quem casou e teve mais 7 filhos além de Eurico. Foi sócio-gerente da Fábrica de Papel do Prado em Valmaior, lugar que abandonou por volta de 1918 para se dedicar à indústria da hotelaria. Foi nesta altura que rumou à cidade do Porto, onde fundou a Pensão dos Aliados, ainda hoje existente no coração da Invicta.




Fábrica de Papel de Valmaior



Fundada por dois irmãos, a fábrica de papel de Valmaior foi a segunda empresa industrial a surgir em Albergaria-a-Velha e a primeira fábrica do Município. Em 1871 constituiriam uma sociedade com o Eng.º Thelier, jovem técnico francês, nascido numa família de técnicos da indústria de papel de Angoulême.

A laboração iniciou-se em 1872 e já contava com a mais moderna maquinaria, do melhor que havia, na Europa. Inicialmente o fabrico do papel fazia-se através da caruma e serradura de pinheiro. Com o passar do tempo, e pela dificuldade e preço, utilizou-se também trapo como matéria prima. Em 1874 já empregava cerca de 120 trabalhadores, homens e mulheres, alguns dos quais especializados e com boas remunerações.
(http://www.prave.pt/web/?page_id=281)




 Antiga Pensão dos Aliados (Porto)



Fernando Guimarães (direita) e Bibelinda Pinheiro Guimarães (esquerda).




Fotografia de família com grupo de trabalhadores da Pensão dos Aliados.




Foi no Porto que o seu filho, Manuel Fernandes Pinheiro Guimarães (irmão de Eurico) se destacou no mundo das artes.
Manuel Guimarães nasceu em 1915 em Valmaior. Depois de concluído o 5.º ano dos liceus, matricula-se na Escola de Belas-Artes do Porto. A sua primeira inclinação é a pintura, mas a sua grande paixão é o cinema. Em 1937 casou-se com D. Clarisse Fernandes Leal, companheira e colaboradora de toda a sua vida, de quem teve um único filho: Dórdio Leal Guimarães. Antes de se profissionalizar no cinema foi pintor, caricaturista, ilustrador, decorador. No cinema, Iniciou a sua actividade como assistente de alguns dos mais conceituados realizadores da época, como Manoel de Oliveira (em "Aniki Bobó", de 1941), António Lopes Ribeiro, Jorge Brum do Canto, Arthur Duarte e Armando de Miranda.
Foi Director Artístico do filme "Bola ao Centro" em 1947. Em 1948 começa a preparar o notável documentário que lhe daria o Prémio Paz dos Reis: "O Desterrado", biografia do escultor Soares dos Reis.
 Em 1951 estreia-se na rodagem de filmes de fundo com "Saltimbancos", filme de correcta factura inspirado num certo populismo vindo do neo-realismo italiano, e que lhe valeu, por essa altura, o epíteto de realizador neo-realista. Mas os filmes que dirigiu depois, passados entre o povo com o intuito de dar um retrato verdadeiro da sua vida e dos seus problemas, acentuando o lado social, não tiveram talvez a força e a inspiração de "Saltimbancos".
É considerado como um dos mais importantes realizadores portugueses de cinema. A sua obra foi, no entanto, prejudicada pela ditadura salazarista, que o impediu de levar a bom termo os seus propósitos artísticos (http://blogdealbergaria.blogspot.pt/2007/08/manuel-guimares-realizador-de-cinema.html).






Texto transcrito da publicação do jornal "Campeão das Províncias" de 29 de Janeiro de 1910:

"Domingos Fernandes Guimarães, pai de Fernando Guimarães, nasceu a 2 de Fevereiro de 1840 em Creixomil (Guimarães). Proveniente de uma família honesta de trabalhadores, cedo começou também a sua vida de trabalho. 

Com apenas 11 anos deixou Guimarães, para em Coimbra ir encetar a sua vida comercial, em que devia tanto elevar-se. Por Coimbra se demorou uns anos, e de tal modo se houve, tão rápidos foram os seus progressos, tão prontamente adquiriu os conhecimentos necessários para a gerência da casa de que era empregado, que logo ganhou a confiança dos seus superiores, que o encarregaram de serviços de responsabilidade e importância, sendo ele ainda muito novo.
Domingos Guimarães quando julgou finda a sua aprendizagem, quando se viu com forças para caminhar só, voltou para Guimarães, para a sua terra natal, que nunca se esquecera e que amara sempre.
Estabeleceu-se então no comércio, a que por muitos anos se dedicou e que muito desenvolveu, tornando-se uma das figuras mais preponderantes e das de maior consideração no meio comercial de Guimarães. O seu crédito aumentou dia a dia. Foi agente de muitas e importantes contas bancárias, que de sobra conheciam a sua probidade absoluta, a pureza do seu carácter.
Com o conhecimento profundo que possuía de vários ramos de comércio, com a longa prática que tinha de negócios, Domingos Guimarães dedicou-se a muitas empresas a que acudiu muitas vezes com o seu avisado conselho, a quem muitas vezes valeu com os seus próprios haveres.
Foi um dos fundadores do Banco Comercial de Guimarães e um dos seus mais notáveis directores e, a Domingos Guimarães se deveu a rápida importância que tomou esta empresa, que na sua época constituiu um acontecimento notável.
Ali mais uma vez mostrou as suas raras qualidades de administrador, que de todos eram conhecidas e que o levaram a ser procurado e instado para exercer muitos cargos administrativos.
Escusava-se a princípio mas a sua grande bondade fazia com que acabasse de por aceitar por fim com prejuízo dos negócios da sua casa. 
Assim acedeu em aceitar o cargo de provedor da Real Irmandade de N. S. da Consolação e SS. Passos, declarando, porém, logo que abandonaria o cargo quando julgasse a administração daquela confraria regularizada e a sua situação financeira desafogada. Foi durante a sua gerência que se completou o templo e aos seus esforços se deve o ter-se levantado uma das lindas e esguias torres d'elle. 
Foram de tal ordem os serviços que prestou, que o nomearam irmão de honra e bemfeitor e mandaram pintar o seu retrato e o de sua virtuosa esposa, que foi a única senhora a quem até hoje tal honra se fez. Foi irmão de mais de 15 confrarias, mas à ordem-terceira de S. Domingos talvez por ser S. Domingos o santo do seu nome, foi à que Domingos se dedicou com mais afecto. Todos os cargos dessa ordem exerceu e foi um dos fundadores do hospital da mesma. Quando esta atravessou uma crise financeira que prometia produzir a sua extinção, foi a enérgica acção de Domingos que lhe valeu e que a salvou, angariando recursos e regularizando a sua administração.
Generoso e bom, nunca dele ninguém se acercou, apelando para sua caridade, que não fosse atendido. Por isso na sua terra viveu sempre numa atmosfera de considerações e amizades.
De Guimarães, a convite de um amigo de infância que lhe conhecia as suas raras qualidades de carácter e os seus variados recursos de administrador, foi para Valmaior dirigir a importante fábrica de papel que a Companhia do Prado possui. 
Ali, então, durante quase 20 anos, multiplicou a sua actividade superiormente dirigindo tudo, a tudo acudindo com uma proficiência e zêlo exemplares.
Na madrugada do dia 22 de Janeiro de 1910 faleceu em Valmaior vitima de ataque cerebral que na tarde do dia 16 o feriu de morte, quando, gerindo negócios da fábrica de que era digno administrador, se encontrava à sua mesa de trabalho. Tendo sempre trabalhado, foi trabalhando que o acometeu o ataque que o prostrou".

Domingos era em 1899 Director da Fábrica de Papel de Valmaior, onde foi fundador de uma aula noturna para adultos. “Foi durante quase uma década funcionário superior e director da Fábrica de Papel de Valmaior. Escritor e publicista notável deixou obra assinalável e uma descendência que brilhou nas letras e artes locais e nacionais” 

(Valmaior ao longo dos Séculos" de Delfim Bismarck Ferreira(2005))



Domingos Fernandes Guimarães







Domingos Fernandes Guimarães, filho de  Manuel Fernandes (Creixomil) e de Josefa Maria de Oliveira (Golães - Fafe), casou a 2 de Outubro de 1866 em São Sebastião (Guimarães), com D. Maria Fernandes de Jesus Ferreira, proprietária, natural de Nossa Senhora da Ajuda, da Vila do Governador, Brasil. 
Residiram nas Lages do Toural, em Guimarães, e depois em Valmaior, Albergaria-a-Velha. Tiveram, pelo menos, nove filhos: Maria de Jesus, Domingos, Zeferina, Elvira, Berta, Fernando, Álvaro, Izilda e Arnaldo (D. Ferreira; R. Vigário. Albergaria-a-Velha 1910 - da Monarquia à República. Pág. 362. 2010).


D. Maria Fernandes de Jesus Ferreira 


D. Maria Fernandes de Jesus Ferreira (1) nasceu em 1846 na Ilha do Governador (Brasil). É uma dos pelo menos 5 filhos de Domingos José Ferreira Guimarães (2) e de Dona Antónia Maria de Jesus Ferreira (3)





Dona Antónia Maria de Jesus Ferreira (3) nasceu em 3 de Abril de 1825em Santa Rita (Rio de Janeiro). É filha de Joaquim José Ferreira (4) (São Miguel, Açores) e de Maria Teresa de Jesus (5) (Santa Rita, Rio de Janeiro).
Joaquim José Ferreira (4) é filho de José Inácio Ferreira e de Francisca Inácia de Jesus, ambos também naturais da ilha de São Miguel.
Maria Teresa de Jesus (5) é filha de Teresa Maria de Jesus (Santa Rita, RJ) e de Francisco Chaves (Porto).

Domingos José Ferreira Guimarães (2) nasceu a 27 de Setembro de 1822 em São Paio (Guimarães) e faleceu a 11 de Maio de 1907 na Póvoa de Lanhoso. Era filho de Manuel José da Silva (exposto) e de Maria Josefa (exposta), ambos de São Paio. 
Por volta de 1838 terá imigrado para o Brasil, uma vez que esta era uma forma de "fugir"  ao serviço militar obrigatório aos 16 anos, tendo também se devido à enorme necessidade de trabalhar perante tempos muito difíceis. 
Domingos casou com D. Antónia Maria de Jesus Ferreira (3), provavelmente no Brasil, por volta de 1845, tendo posteriormente tido pelo menos dois filhos ainda no Brasil, D. Maria Fernandes de Jesus Ferreira (1) (1846) e Domingos José Ferreira Guimarães Júnior (1851). Este último, acabou por ficar no Rio de Janeiro onde constituiu família. 
Entre 1851 e 1856 Domingos José Ferreira Guimarães (2), com a sua mulher, terá regressado a Portugal, uma vez que há registo do nascimento da sua filha, Zeferina de Jesus Ferreira, em 1956 em São Sebastião (Guimarães). 
Domingos (2) tornou-se um importante comerciante vimaranense. Foi agente do Banco de Guimarães na Póvoa de Lanhoso, local onde era proprietário da quinta de São Domingos e de uma enorme casa comercial que trabalhava na área do vestuário e acessórios. Mais tarde, o seu filho mais novo, Álvaro Ferreira Guimarães, deu continuidade aos seus negócios na Póvoa de Lanhoso.
Após a sua morte, o jornal "Maria da Fonte" (Póvoa de Lanhoso), fez a seguinte publicação, referente ao seu funeral:








Casa Comercial (branca à direita) gerida por Domingos José Ferreira Guimarães e posteriormente pelo seu filho Álvaro Ferreira Guimarães (Póvoa de Lanhoso).

4 comentários:

  1. Leonor Areal comentou no blog de Albergaria

    Gostaria muito de conhecer o sobrinho-neto de Manuel Guimarães... Se puder contactar-me, agradeço: [leonor(ponto)areal(arroba)gmail(ponto)com]

    Deixo aqui ligação para este ensaio:
    Um neo-realismo singular: o cinema de Manuel Guimarães, por Leonor Areal
    http://www.livroslabcom.ubi.pt/pdfs/20110118-frederico_lopes_cinema_em_portugues.pdf (atenção, tem gralha: são 8 longas-metragens e não 7)

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  2. Sou Familiar. Deixo o meu contacto: guimavs@gmail.com

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  3. No texto acima é citado que o casal Domingos Fernandes Guimarães e D. Maria Fernandes de Jesus Ferreira tiveram 9 filhos, mas no gráfico da árvore não costam os filhos (citados) Elvira, Berta e Armando e em contrapartida tem 2 Fernandos e 2 Zeferinas tendo em vista que esses dois morreram antes de completar 2 anos de vida e deram origem aos nomes de outros irmãos que nasceram posteriormente, mas porque a exclusão dos outros 3 na árvora ?

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